sábado, 20 de setembro de 2008

O pára-quedismo


O pára-quedismo
O pára-quedismo esportivo nasceu logo após a segunda guerra mundial, quando militares que utilizavam pára-quedas apenas para o lançamento de tropas e suprimentos, perceberam a possibilidade de fazer saltos por esporte e diversão. Desenvolveu-se então, um sistema de acionamento manual do pára-quedas através de um cabo e, iniciaram-se as primeiras "quedas-livres" com pára-quedas redondos (os mesmos T-10 utilizados para o lançamento de tropas). Esses equipamentos eram pesados e não dispunham de nenhum discurso de dirigibilidade. Uma vez aberto o velame, o pára-quedista pousava onde o vento o levava e, com um impacto relativamente forte contra o solo ou contra obstáculos de toda ordem que se encontrasse em seu caminho. Com razão esta atividade foi logo vista como muito perigosa e assim permanece até hoje para grande maioria dos leigos, que desconhecem totalmente tudo o que foi desenvolvido até os dias de hoje. Posteriormente foi desenvolvido o velame "parte de tecido do pára-quedas" com fendas direcionais traseiras, que possibilitavam a navegação para mais longe ou mais perto, porém dentro do eixo de direção do vento. Foi um grande avanço pois, possibilitava um relativo desvio de obstáculos, contudo não resolvia o problema do impacto de aterragem. A partir dos pára-quedas T-10 e T-U, desenvolveu-se então, os velames hipersustentados, conhecidos por Papillon ( Francês ) e para-commander ( Norte americano), ainda redondos, porém com maior dirigibilidade e menor impacto no pouso. Nota-se que nessa época o nome pára-quedas fazia jus a função do equipamento, pois servia únicamente para frear a queda e transportar o praticante do pára-quedismo em relativa segurança até o solo, mas de forma muito restrita quanto a precisão de chegada ao alvo. Eram comuns os pousos fora da área e/ou obstáculos. Esses equipamentos também dispunham de um pára-quedas reserva com acionamento manual, instalado na frente da barriga (chamado reserva ventral) e, diga-se de passagem, muito desconfortável quanto ao peso e volume. Atualmente, o nome pára-quedas permanece apenas por tradição e pelo fato de frear a queda livre, entretanto, uma vez inflado, deixa de ser um simples meio de transporte "vertical" para ser uma asa, de formato retangular, totalmente dirigível, que permite pousar com segurança em alvo previsto e sem impacto, pois dispões de freio "aerodinâmico". Ambos os velames, principal e reserva, ficam alojados em uma única "mochila", muito mais leve e confortável, que é instalada ns costas do pára-quedista. As modalidades principais de pára-quedismo são: Free Fly, Sky Surf, TR4 e TR8. No Free Fly, executa-se uma coreografia no ar, sendo possível praticá-lo sozinho ou em companhia de outro pára-quedista. O Sky Surf é uma modalidade onde é utilizada uma prancha parecida com um skate presa aos pés, sendo possível realizar manobras de todos os tipos durante a queda livre. Na TR4, quatro pára-quedistas saltam do avião e realizam o maior número possível de pontos (formação de figuras no ar). E a TR8 é parecida com a TR4, mas com a participação de oito pára-quedistas.

Nenhum comentário: